Carlos Miele é um brasileiro que mora há muitos anos em Nova York, cidade que escolheu para sediar sua marca e apresentar suas coleções. Mas foi ao som de “moro em um país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza” que mostrou seu verão 2010.
As cores do céu do Rio de Janeiro viraram estampas e os dreadlocks do cabelos, detalhes trançados em cintos, por exemplo. É uma moda alegre e que passa por um caminho seguro: o vestido que abre o desfile lembra um Hervé Léger (mesmo que seja de chiffon), o degradê apareceu lá no inverno 08 da Prada, e os paetês e as franjas lotam atualmente as araras da H&M. Não é novo –algumas peças lembram o inverno do próprio estilista –, mas em tempos de recessão, talvez seja mesmo melhor apostar em time que está ganhando.
E vitória para Miele parece vir sempre acompanhada de bordados, longos estampados (destaque para o de cobra), transparências, decotes (de um ombro só ou os com as costas nuas) e fuxico – já no segundo vestido era possível ver o detalhe. No backstage, ele explica que, para ele, o “artesanato também é alta-costura”. "O que falta é ensinar a mão-de-obra brasileira a fazer um trabalho tão cuidadoso quanto os de fora", completa.
Sobre o Rio Summer, evento que começou ano passado sob a batuta de Nizan Guanaes e agora passou a fazer parte dos compromissos da Luminosidade, de Paulo Borges, Miele diz que continua a desfilar, “se ele [Paulo] continuar seguindo a mesma linha de raciocínio do Nizan, eu vou”, explicou.
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