terça-feira, 15 de setembro de 2009

Jum Nakao - Costura do Invisível









Em Vitória, Jum Nakao fala com exclusividade para L’Officiel“Antes minha relação com as pessoas era mediada através da roupa, hoje não estou interessado nos movimentos dos corpos, mas no movimento das intenções e das vontades.”

Vitória, 10 de setembro de 2009 - Jum Nakao falou sobre sua consagrada performance “A Costura do Invisível” para uma platéia lotada, no auditório do Centro de Convenções onde acontece o II Vitória Moda Show. Sempre em seu tom suave e compenetrado, o artista ilustrou todo o processo de criação do seu polêmico desfile de despedida do São Paulo Fashion Week em 2004.
Após a lúdica apresentação, Jum conversou com a equipe do site sobre suas inquietações e sua constante busca por uma arte transformadora, consciente e permanente.
Tido pelo SPFW como o desfile da década de moda brasileira e, recentemente, como um dos mais importantes desfiles do século XX pelo Museu de Moda de Paris, “A Costura do Invisivel” segundo Jum, é tão comentada até hoje por falar diretamente ao presente, sobre questões que existem até hoje e por isso geram identificação. “Minha preocupação hoje ainda é a mesma, as mudanças necessárias não aconteceram. E se continuarmos trilhando esse caminho, onde iremos parar?”, questiona o artista.
Crente que o caminho para transformar o mundo é formar pessoas, Jum tece sua crítica ao universo da moda: “o mundo não precisa que as pessoas se vistam melhor, ele precisa de pessoas melhores”.
A cada palestra ele revive com visível intensidade a experiência do seu trabalho mais marcante, “mas existe sempre uma nova troca, pois a arte tem esse poder de identificação e transformação”, isso torna a experiência muito gratificante. “Um trabalho nunca está acabado”, afirma, “se a obra acaba, ela está morta”.
Para ele uma obra de arte permanece viva, eternizada, quando há essa química entre a sua mensagem e as pessoas.
O artista ressalta que todas as pequenas coisas tem esse potencial de permanência na eternidade: “as pessoas não devem pensar que algo não vale a pena por que é só um instante e ninguém vai ver, afinal a vida é feita de instantes e tudo deixa marcas”.
Segundo o estilista, a mensagem vai existir sempre, enquanto as pessoas forem éticas em relação à vida. “Gostaria que as pessoas tivessem sempre essa ética com a vida e esse espírito de sublimação e a capacidade de ser leve, de buscar caminhos para um novo pensamento, de surpreender e dar novos sentidos na simplicidade das coisas banais. Não importa o que é feito, mas o como é feito, aí reside o encantamento”.

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