quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O fast-fashion está com tudo no Brasil

Vitrine da primeira Flagship C&A, no Iguatemi


A C&A inaugurou sua primeira concept store no shopping Iguatemi, em São Paulo. A Riachuelo acabou de lançar uma mini-coleção com o estilista Oskar Metsavaht. A Renner fez um competente trabalho de reposicionamento do conceito de moda e ampliou os seus pontos de venda no país, assim como a Marisa. Sinal dos tempos: o fast-fashion mudou pra sempre o mercado varejista no mundo e agora volta seus olhos também para o Brasil, que está correndo atrás para conseguir se adaptar a nova demanda de consumidoras conectadas ávidas por design e informação de moda.


O macacão de Oskar Metsavaht para Riachuelo custa R$ 99,00

Indo no mesmo caminho, a confirmação da chegada da inglesa Topshop a São Paulo foi recebida com comemoração pelas consumidoras. Todas sonham também com a chegada da gigante sueca H&M, que já divulgou seu interesse no mercado brasileiro, causando um movimento parecido com o que aconteceu quando a Zara chegou por aqui. Nesse jogo de desejo e efemeridade, o que vale é a melhor informação de moda pelo menor preço. Ainda que por aqui as renomadas lojas varejistas dos exterior não se tornem tão populares e acessíveis quanto são em outros lugares do mundo. A Topshop mesmo deve abrir sua loja também no Iguatemi, focando-se em um público de maior poder aquisitivo.

Os maiores incentivadores do fast-fashion no mundo são os blogs de moda e de street style como o pioneiro The Sartorialist. São eles os responsáveis por popularizar de maneira maciça a informação de moda que antes ficava restrita apenas a publicações especializadas. Pensando no desenvolvimento desse tipo de cultura e de comportamento aqui do lado debaixo da linha do Equador, as marcas conhecidas e adoradas pelas brasileiras correram para preparar sua versão do fast-fashion nosso de cada dia.

Lanvin para H&M

Esse fenômeno que vemos atualmente despontar no Brasil surgiu da parceria das gigantes lojas de varejo com grandes nomes da moda mundial, como uma espécie de democratização do design de moda. Pessoas que não podem comprar o trabalho de Karl Lagerfeld, por exemplo, têm acesso a uma pequena mostra do seu potencial criativo. São parcerias lucrativas tanto para o comércio quanto para os estilistas, que popularizam seu trabalho, reforçam a imagem da marca e movimentam milhões em negócios. É essa a fórmula que faz com que milhares de mulheres estejam dispostas a entrar na fila para garantir o seu “Lanvin” a um precinho que cabe no bolso.

No Brasil quem deu o primeiro passo para essa espécie de “modernização” do fast-fashion nacional foi a C&A, marca holandesa que soube ler o momento. Depois de assistir ao sucesso da parceria entre a H&M e o estilista Karl Lagerfeld, em 2004, convidou o brasileiro Walter Rodrigues para criar uma coleção exclusiva para a marca, em 2005. Aos poucos as parcerias foram acontecendo e a C&A já teve peças criadas por Reinaldo Lourenço, Sergio K e pela grife Maria Bonita Extra.

Maria Bonita extra para C&A

Como prova do crescente interesse dos consumidores, a aposta no design de moda e no valor agregado, muito além da qualidade do material das peças, é hoje a chave para o sucesso. Ou vai dizer que você também não quer a camiseta estonada do criador da Osklen por um precinho mais camarada?


Fonte:http://www.colheradacultural.com.br/content/20101026093414.000.3-N.php
O macacão de Oskar Metsavaht para Riachuelo custa R$ 99,00
Vitrine da primeira Flagship C&A, no Iguatemi

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