domingo, 21 de março de 2010

No Stress: plágios balançaram a marca


Criada em 1996 por um ex-investidor que cansou da pressão e dos altos e baixos da economia durante os planos Sarney e Collor, a No Stress chegou ao vestuário por acaso. Inicialmente, a empresa era uma companhia de turismo de aventura na praia de Garopaba, e uma forma que o fundador, Carlos Eduardo Lucas Guedes, encontrou para nunca mais voltar aos Pregões.

Com seu crescimento, que se espalhou rapidamente por praias vizinhas como Guarda do Embaú e Rosa, surgia uma marca que trazia a natureza e o relaxamento em seu DNA. Esta consciência ecológica agradou turistas e clientes, que cada vez mais solicitavam produtos para lembrar dos momentos que viveram seus  passeios pelo litoral.

De brinde: a marca mais plagiada do Brasil

De acordo com o diretor comercial Cristiano Nicoleit, a partir de 1997 surgiram os primeiros contratos de licenciamentos da No Stress. Antes disto, no entanto, a própria empresa confeccionou experimentalmente 500 camisetas, que foram vendidas em menos de 1 hora na praia. Para comprovar a força que a marca poderia ter no ramo, outras 1000 peças foram feitas e vendidas na mesma proporção.

Outros segmentos como material escolar, calçados, acessórios, entre outros, serviram para consolidar a marca no mercado brasileiro. Com esta difusão, vieram triunfos, como a exportação para 16 países, mas também um aspecto negativo: o plágio. Em 2005, a marca foi a mais plagiada do Brasil e isto causou o desativamento dos itens de vestuário no ano seguinte.

Este episódio fez também com que a marca trabalhasse mais sua identidade visual, criando variações da logomarca inicial, como assinaturas e brasões. Esta mesma liberdade criativa foi dada aos licenciadores de outros segmentos, que até hoje só tem o compromisso de apresentar os temas para a empresa e não perder a referência ecológica.


2010: o ano do vestuário
O retorno das roupas No Stress ao mercado se deu em 2007, mas não como foco principal da empresa, visto que já no ano seguinte a crise fez com que a estratégia da linha de vestuário fosse repensada. "Com a recessão, abrimos o leque de público da marca e identificamos as classes B e C como as mais fiéis", afirma Nicoleit.

Com a faixa de preços estabelecida entre R$ 24,90 e R$ 89,90 para camisetas, e público-alvo com idade entre 18 até 40 anos, a empresa encontrou uma fórmula para crescer no período pós-crise. Em comparação com 2008, no ano passado as vendas aumentaram 20%, número que chamou a atenção dos executivos para os produtos de vestuário.

"Neste ano, o vestuário será o carro-chefe da No Stress. Nossa linha de confecção geral já conta com bonés, mochilas, acessórios, calçados e óculos", informa o diretor comercial, que aposta nas jaquetas e polos inspiradas na Copa do Mundo como peças-chave para o inverno deste ano.


2011: mais esportes e mais países
Para 2011, a marca estuda expandir sua variedade de artigos esportivos, com equipamentos para surf e kitesurf, além de parcerias com clubes de futebol e até mesmo jogadores brasileiros. Quanto aos produtos, a gola V será uma das apostas para o próximo verão, juntamente com toalhas de banho e de praia. Para expandir seu mercado consumidor, tratativas com países do Mercosul já estão em andamento.


Fonte:http://www.usefashion.com/categorias/noticias.aspx?IdNoticia=83529

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