A indústria têxtil e de confecção do país devem se preparar para atender a demanda nacional por produtos de moda. De acordo com as estimativas do Pyxis, ferramenta de potencial de mercado do Ibope Inteligência, o varejo de moda deverá movimentar este ano aproximadamente R$ 136 bilhões. De acordo com o estudo, o segmento de vestuário feminino, masculino e infantil movimentará em 2011 cerca de R$ 95 bilhões, representando um consumo per capita de R$ 492 ao ano. Já no segmento de calçados e acessórios (incluindo bolsas, malas e outros), o potencial de consumo projetado para o ano é de R$ 40,6 bilhões em todo o Brasil. O consumo per capita dessa categoria é estimado em R$ 210. Somadas, as duas categorias da moda movimentarão no ano R$ 135,6 milhões, representando um gasto de R$ 702 por pessoa. Anualmente, o Pyxis gera estimativas de potencial de consumo para o varejo em 50 diferentes grupos de produtos e acessórios.
Consumo por classe
A classe B deverá ser responsável pela maior parcela deste consumo: R$ 56,3 bilhões (42% do consumo total de moda). De acordo com o Critério Brasil, este segmento da população representa atualmente 24% das famílias que residem na área urbana e apresentam renda média familiar aproximada entre R$ 3.000 e R$ 12.000. Embora a classe C tenha chegado muito próximo da B em volume de consumo, ainda não conseguiu superá-la, devendo representar aproximadamente 39% do potencial total do consumo de moda este ano (R$ 52,3 bilhões). A classe C brasileira hoje corresponde a 50% das famílias que residem em área urbana e têm renda mensal aproximada entre R$ 700 e R$ 2.999.
Já a classe A, a mais cobiçada pelo varejo da moda, deverá gastar em 2011 R$ 18,1 bilhões com roupas, calçados e acessórios. È de se ressaltar, porém, que este grupo representa apenas 2,5% das famílias brasileiras (população urbana) e tem renda média mensal superior a R$ 12.000.
As classes D/E compõem o menor grupo de consumo para varejo de moda. O volume desta parcela neste ano de 2011 deverá ficar em torno de R$ 8,8 bilhões e, provavelmente, parte deste será absorvido pelo comércio informal. As classes D/E representam 24% das famílias residentes em áreas urbana e têm renda média mensal inferior a R$ 700.
Tabela 1
Potencial de consumo por região
Classe | Número de domicílios em área urbana | % Domicílios | Potencial de consumo para varejo de moda - 2011 | % Potencial de consumo |
A | 1.269.475 | 2,5 | R$ 18,1 | 13,3 |
B | 11.800.129 | 23,5 | R$ 56,3 | 41,5 |
C | 25.275.888 | 50,4 | R$ 52,4 | 38,6 |
DE | 11.853.982 | 23,6 | R$ 8,8 | 6,5 |
Total | 50.199.474 | 100,0 | R$ 135,6 | 100,0 |
Potencial de consumo por região
Geograficamente, o maior do potencial de consumo estimado para o varejo de moda está concentrado na região Sudeste: 54% do volume total do mercado deverá ser comercializado nesta região. O Estado de São Paulo sozinho representa 31% do potencial total. As regiões Sul e Nordeste dividem o segundo lugar, cada uma delas com aproximadamente 16% do mercado total. O que muda na comparação entre os dois mercados, no entanto, é o consumo per capita que é muito maior na região Sul.
Tabela 2
Classe | Potencial de Consumo para Varejo de Moda - 2011 | % Potencial de Consumo | Consumo per Capita |
Norte | R$ 7,7 bilhões | 5,6 % | R$ 472 |
Nordeste | R$ 21,7 bilhões | 16,0 % | R$ 404 |
Sudeste | R$ 73,0 bilhões | 53,9 % | R$ 899 |
Sul | R$ 22,1 bilhões | 16,3 % | R$ 799 |
Centro oeste | R$ 11,1 bilhões | 8,2 % | R$ 775 |
Total | R$ 135,6 bilhões | 100,0 % | R$ 702 |
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