Não dá mais para fugir das redes sociais. A empresa gostando ou não terá que se relacionar com seus clientes por meio da web, onde o seu público ou parte dele estará. Mas qual a melhor forma de fazer isso? Que estratégia usar para que o resultado não seja negativo? Para Charlene Li, especialista em tecnologias sociais em web 2.0, a melhor estratégia para entrar nas redes sociais é descobrir primeiro se o cliente realmente faz parte dela. “Faça uma pesquisa para detectar a forma como as pessoas utilizam a tecnologia e como elas tomam suas decisões na web. As estratégias de negócios só devem ser lançadas nas redes sociais se a empresa tiver boa presença neste meio”, explica Charlene.
A analista em redes sociais aponta que em 10, 20 anos ou até menos, as redes sociais serão como o ar que respiramos. A grande questão, segunda ela é: que tipo de informação será preciso para que as redes sociais funcionem como o ar? Existem três tipos, a questão da identidade: quem é você. A segunda informação está relacionada ao seu contexto: quem você conhece. E a terceira informação são as suas atividades: o que você faz no contexto destes relacionamentos? E para Charlene, mais que saber estas informações é levantar quais sites você visita, quais produtos você consome e traçar estratégias a partir daí.
Para as empresas o grande desafio será como obter, trocar e preservar todos esses registros dos clientes. Charlene acredita que exista algum algoritmo que consiga gerenciar toda a questão da privacidade e levanta algumas reflexões: o que fará com que as redes sociais se conversem e reúnam todos os dados dos usuários? O que é necessário fazer para que concorrentes interajam e mantenham o mesmo padrão? Para ela a resposta é simples: o dinheiro. “Ninguém fará isso pelo espírito de união, transparência e abertura. Eles farão isso porque podem ganhar dinheiro”, afirma.
Talentos em web 2.0 precisam ser descobertos nas corporações
Para a analista em redes sociais, a maioria das empresas ainda não está capacitada para o Groundswell – termo para definir a tendência das pessoas usarem as tecnologias das redes sociais para conseguirem o que necessitam por meio de outras pessoas. Apesar das empresas ainda estarem numa fase embrionária, Charlene afirma que existem pessoas nas companhias com conhecimentos e habilidades suficientes para desenvolver este trabalho. Basta apenas identificá-las. O conceito de Groundswell está sendo difundido no livro The Groundswell – Fenômenos Sociais nos Negócios de autoria de Charlene Li e Josh Bernoff.
Outro cuidado que as empresas devem ter no momento de definir se entram ou não em redes sociais, é a escolha do canal. Para se comunicar com os usuários e gerar resultado é preciso checar antes o que os clientes utilizam e quais são os objetivos da empresa. “Quando alguém sabe onde acontecem as conversas dos clientes e quais são os objetivos da empresa, pode-se encontrar a correspondência entre ambos. Além disso, ouvir o que o público quer é um excelente ponto de partida para aumentar o compromisso com a empresa”, afirma Charlene.
Esse comprometimento passa ainda por escutar o que cliente tem a dizer e manter o diálogo. Com base nas informações sobre o que o cliente realmente precisa, a empresa passa a ter uma rica pesquisa para aperfeiçoar seus produtos. Diferente do marketing tradicional que controla a mensagem emitida, no Groundswell os usuários aprendem entre si e confiam nas recomendações do amigo. Por isso a importância da presença da empresa dentro das mídias sociais.
Fonte:http://br.hsmglobal.com/notas/56232-redes-sociais-ser%C3%A3o-como-o-ar-que-respiramos?utm_source=050210_digital&utm_medium=050210_digital&utm_content=050210_digital_redes-sociais-ser%C3%A3o-como-o-ar-que-respiramos&utm_campaign=050210_digital
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