Em 2010, comemora-se o centenário de fundação da Ermenegildo Zegna, uma das marcas mundiais mais antigas e ao mesmo tempo mais importantes do luxo masculino, símbolo de status, poder e elegância.
Em 2010, comemora-se o centenário de fundação da Ermenegildo Zegna, uma das marcas mundiais mais antigas e ao mesmo tempo mais importantes do luxo masculino, símbolo de status, poder e elegância.
Quando em 1910, na pequena cidade de Trivero, Itália, Ermenegildo Zegna transformou a fiação criada pelo seu pai a meados do século XIX, no Lanifício Zegna, talvez nem pudesse imaginar que após 100 anos, sua marca continuaria na vanguarda do desejo e, se guiando e zelando pelos mesmos princípios instituídos à época da sua fundação.
A busca pela qualidade aliada à inovação e ao empreendedorismo, foram valores estabelecidos por Ermenegildo e que norteiam a gestão do negócio ao longo de todas as gerações dos Zegna.
Num movimento impensado para a época, Zegna foi buscar na Inglaterra a tecnologia necessária para estabelecer o padrão de qualidade que almejava para os seus tecidos. Com todo o maquinário importado, alinhavou parcerias diretas com fornecedores de matérias-primas de altíssima qualidade na Austrália e na América Latina, o que trouxe notáveldiferenciação e imediato reconhecimento para seus produtos.
Visionário e com forte senso comercial e mercadológico, foi o primeiro a assinar os tecidos e já em 1938, exportava para os Estados Unidos, aproveitando da sua fama junto aos alfaiates italianos emigrados para esse país.
Visionário e com forte senso comercial e mercadológico, foi o primeiro a assinar os tecidos e já em 1938, exportava para os Estados Unidos, aproveitando da sua fama junto aos alfaiates italianos emigrados para esse país.
A terceira geração Zegna, integrada pelos filhos Angelo e Aldo, assumiu o controle em 1960 e foi responsável pelo início da verticalização do grupo. A Ermenegildo Zegna agora assinava uma linha de alta alfaiataria e uma pret-à-porter. Posteriormente, em 1968, surge uma linha de acessórios e outra de sportswear, propostas que ainda hoje continuam atraindo as novas gerações, filhos e netos dos antigos e atuais clientes da marca.
A diversificação e a inovação do portfólio continuou e em 1972, o Su Misura ("sob medida"), um serviço de alfaiataria personalizado, foi criado com uma oferta que vai além das medidas certas do corpo. Nele, um mundo de exclusividade se abre ao cliente: uma vasta gama de cores, texturas e materiais top quality Zegna, fundamento da marca. Aquele cliente que passar pela discreta, mas não menos imponente porta de madeira escura e entrar no espaço reservado Su Misura, irá se surpreender com o finíssimo 14 Milmil 14 de lã australiana e o Traveller Micronsphere, que não amassa e possui tratamento para repelir líquidos, além de 450 outros tipos de tecidos.
Anúncio para a marca Su Misura (2007) |
A quarta geração, ainda hoje no comando da marca, deu continuidade ao processo de verticalização e trouxe o varejo como forma de garantir a qualidade também nas vendas. Assim a primeira loja foi aberta em Paris, em 1980, servindo como uma grande vitrine para a marca, e até o final da década, Zegna inauguraria as lojas de Milão e a primeira nos Estados Unidos. Era o início de um sistema capilarizado que hoje conta com 547 pontos de venda, sendo 320 lojas próprias com o trunfo da proximidade junto ao cliente, do controle da ambientação da marca e dos serviços de venda e pós-venda.
O empreendedorismo levou também a marca a ser uma das pioneiras no setor do luxo masculino a abrir operações na China. Já em 1991, a marca inaugurou sua primeira loja, talvez visualizando a importância que esse país viria a assumir para o Grupo Zegna. A China é hoje, a segunda operação da marca e com um ritmo de crescimento que logo ultrapassará a primeira, os Estados Unidos.
Outra contribuição da quarta geração da família foi a expansão do portfólio através de parcerias e licenciamentos que ampliaram a oferta de produtos - sempre alinhados com a qualidade tradicional - completando assim o "estilo Zegna". Desta forma, nos anos 2000, a marca passou a vender óculos, fragrâncias e acessórios de couro, esses últimos resultado de uma joint venture com a Salvatore Ferragamo. E é com discreta satisfação que Paolo Zegna, atual Presidente do Conselho, admite que produz os ternos das marcas Gucci, Armani, Versace e Tom Ford.
A missão atual do Grupo Zegna é tornar a marca líder no segmento luxo de moda masculina, objetivo este que passa por uma globalização cada vez maior. Assim, mercados como Brasil, Índia, Rússia e China são a bola da vez. No Brasil, a marca existe desde 2001, a princípio no regime de franchising, mas a partir em 2008, o Grupo assumiu a operação no país abrindo cinco lojas.
O público-alvo nos mercados emergentes é composto principalmente por jovens com um perfil mais moderno, dinâmico e sofisticado. Nesses países, o espírito da inovação, do empreendedorismo e da vanguarda - que são importantes diretrizes na vida desses novos consumidores - vem de encontro aos valores que na sua época o próprio fundador Ermenegildo Zegna estabeleceu para a marca de sua criação.
Esses valores, impregnados nos produtos e serviços Zegna são a materialização do DNA da marca e continuam atraindo "novos" homens pelo mundo todo.
Fonte:http://www.gestaodoluxo.com.br/
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