Não é novidade que sacolas reutilizáveis de pano, nylon, plástico reciclado e outros materiais já podem ser facilmente adquiridas em supermercados e lojas de todo o país. Depois de várias campanhas, grande apoio midiático e respaldo de marcas consagradas, a conscientização chegou aos consumidores e as sacolas plásticas foram marginalizadas.
Hoje, 34% das pessoas têm sacolas ecológicas, o que representaria então 34% menos lixo no meio ambiente. No entanto, este tímido índice é muito menor: só 29% destas pessoas usa suas ecobags. Em suma, mesmo com todos os esforços, menos de 10% da população brasileira usa sacolas ecológicas.
Os dados são de uma pesquisa da Gatto de Rua, realizada em em supermercados, lojas, livrarias, farmácias e quitandas, que ainda constatou os motivos para esta baixa estatística. Esquecimento e reciclagem das sacolas para outros fins são os principais. Entre os homens, que representam apenas 17% dos compradores ecologicamente corretos, a reclamação foi a falta de praticidade.
Wal-Mart contabiliza ganhos em quase 2 anos
Em vigor desde o final de 2008 em mais de 300 lojas do Nordeste e do Sul e em fase de implantação no Sudeste e Centro Oeste, um projeto do Wal-Mart já tirou do meio ambiente mais de 30 milhões de sacolas plásticas e concedeu mais de R$ 900 mil em desconto.
Quem usa sacolas de tecido da loja, que custam R$ 2,50 cada, ou outras, ganha R$0,03 de desconto a cada 5 itens adquiridos.
A rede se antecipou ao que hoje é lei para todos supermercados de algumas capitais, como Rio de Janeiro. O objetivo, segundo o governo do Estado, não é acabar com as sacolas plásticas, mas educar a população e reduzir a utilização do plástico.
Veja 3 outros caminhos ecológicos
Para a grande maioria da população que não adquiriu o hábito das ecobags e não vê um futuro promissor para elas, já que sujam, se contaminam e têm que ser lavadas, gastando água, sabão e energia, há outras soluções. Confira 3 delas:
• Oxibiodegradáveis: os sacos oxibiodegradáveis são polêmicos, mas são melhores do que os modelos convencionais. Esta novidade é feita com mesmo plástico que vem do petróleo, mas com o diferencial de não poluir durante muito tempo. Em sua composição, foi retirado 1% de plástico e adicionado 1% de aditivos químicos que quebram sua cadeia molecular;
• Energia: a reciclagem energética de sacolas plásticas, processo já executado na Europa, poderia ser mais difundido no Brasil. Estudos indicam que 1 kg de plástico produz a mesma energia que 1 kg de óleo diesel, então basta investimento para transformar desperdício em benefício;
• Plástico verde: em 2011, será iniciada a comercialização em grande escala do chamado “polietileno verde”, gerado a partir do etanol da cana-de-açúcar. A fabricação do 1º plástico 100% renovável do mundo já ocorre na Braskem, e a organização também estuda a possibilidade de desenvolver a tecnologia do “polipropileno verde”.
Fonte:UseFashion
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