sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Produtos caros estimulam atividade cerebral




Centros cerebrais de economia: principalmente o córtex pré-frontal ventromedial e o dorsolateral interferem nas decisões que envolvem dinheiro do cérebro


Seu cérebro sabe reconhecer um objeto valioso – mesmo que você não registre conscientemente os valores. Pelo menos é o que mostra um estudo americano recente, publicado no periódico científico Neuron. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores escanearam repetidamente o cérebro de voluntários enquanto eles escolhiam entre dois produtos – e ganhavam dinheiro quando optavam pelo correto. Assim, alguns objetos eram associados a valores mais altos. Com a progressão do experimento, os cientistas notaram que áreas visuais do cérebro respondiam mais fortemente à opção que pagava mais. A atividade cerebral indicava o alvo lucrativo de maneira mais precisa que a avaliação racional feita pelos voluntários. Segundo os autores do estudo, esses resultados sugerem que nossa atenção é atraída para objetos valiosos e podemos “vê-las melhor” do que sem valor.



As pesquisas em neuroeconomia têm se constituído nos últimos anos como uma importante linha de estudo. Para melhor compreender como as pessoas (e seus cérebros) reagem em situações em que é preciso tomar decisões que envolvem dinheiro, foi desenvolvido o modelo fictício do Homo economicus, usado para descrever o administrador eficiente, voltado para o lucro, que não se deixa contaminar pela emoção ou distorções na hora de tomar decisões financeiras. Psicólogos suspeitam, porém, que essa figura tenha bem pouco a ver com as pessoas comuns. Na vida real, o comportamento não costuma ser racional. Dinheiro nem sempre é igual a dinheiro: tendemos a gastar duas vezes mais quando usamos cartões de crédito do que quando pagamos nossas contas cédulas e moedas.


Os pesquisadores já descobriram muitas informações curiosas acerca da relação de homens e mulheres com o dinheiro. Confiar nas pessoas com quem fazemos negócios provoca intensas reações cerebrais. Nos que acreditam em seus parceiros, o córtex pré-cingular, uma área que analisa o próprio comportamento e as ações presumíveis do outro, mostra-se mais ativo. O sistema límbico também apresenta atividade aumentada no septo, onde é controlada a liberação dos hormônios vasopressina e oxitocina, que regula o comportamento social.


Outra coisa: tendemos a considerar aquilo que já possuímos mais valioso do que o que temos de comprar. Isso vale também para os bens públicos, como descobriram os economistas David Brookshire e Don Coursey. Eles disseram aos locatários de um bairro que o projeto de cultivo de sua região previa 200 novas árvores. Quanto cada morador doaria para que as mudas fossem plantadas? E quanto exigiram como ressarcimento se, em vez de 200, apenas 175 árvores fossem adquiridas? Resultado: quem imaginou que as 25 árvores já eram de sua propriedade considerou-as 10 vezes mais valiosas.





Fonte:http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/produtos_caros_estimulam_atividade_cerebral.html

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