Amir Slama bateu papo com RG sobre sua coleção para a C&A. Claro que a gente não ia deixar de publicar essa super novidade.
É para dezembro deste ano a comentada coleção de Amir Slama para a C&;A. O criador da Rosa Chá se prova cada vez mais um homem de negócios voraz: vendeu (bem) a marca que criou, enveredou pelos negócios da noite e se tornou um nome quente das parcerias: além da C&A, criou homewear para a Trousseau. E já arma outros botes.
Em primeira-mão, RG te mostra os croquis da novíssima coleção de verão que Amir desenhou para a C&A. Para acompanhar, uma entrevista com o designer – que deu uma canseira nesse site! – mas foi, como sempre, gentil à beça. Vem ler:
RG online: O que há de novo entre Amir Slama e C&A?
Amir Slama: Fui convidado, em junho, para criar uma coleção especial, a ser lançada no final de dezembro. Uma coleção assinada, exposta de modo especial nas lojas, com campanha publicitária própria. É autoral, tive total liberdade de escolher fornecedores, matérias-primas e fazer os modelos que desejei.
RG: Você acha que o modelo internacional de parceria entre designers e grandes marcas deve passar por que ajustes para emplacar no Brasil?
AS: Hoje é difícil pensar em Brasil sem pensar internacionalmente. O desejo de uma moda mais acessível é igual em qualquer lugar do mundo. Os lançamentos recentes de trabalhos de estilistas na C&A "voaram"rapidamente das araras. O formato de trabalho proposto pela C&A para o estilista é perfeito! Todo o trabalho de criação é extremamente respeitado.
RG: Qual o grande desafio na hora de transpor suas ideias de moda para um público mais amplo?
AS: A coleção tem formas mais funcionais. Não são peças a serem apresentadas em um desfile conceitual, ou em uma semana de moda. Seguem direto para as araras. O público se amplia mais pelo preço do produto final. Uma quantidade maior a ser produzida proporciona custos melhores.
RG: Qual a sua exigência nesse processo?
AS: A qualidade dos produtos, das matérias-primas e com os acabamentos. Além de, contratualmente, aprovar todas as etapas do processo produtivo.
RG: Seu contrato tem previsão de término?
AS: O contrato é específico para uma coleção. Começou em junho e acaba em fevereiro.
RG: Como você mantém seu DNA ao se desdobrar em criações para outras marcas?
AS: Este é o grande desafio. No caso da C&A a coleção é totalmente autoral, e assinada por mim. Nos outros trabalhos que estou fazendo, procuro reinterpretar o conceito da marca. No caso da Trousseau, eu procuro trazer minha experiência em estamparia associada aos tradicionais formatos da marca.
RG: As festas te deram novo gás, é? Como aliar o coté notívago (Amir é sócio do 3p4, da Mokaï e do novo Club A) com o ofício da moda?
AS: Sem dúvida... Ainda quando estudava História, trabalhava como barman. Sempre senti uma sintonia muito forte da noite, da música e da arte com a moda. E na verdade não sou tão notívago assim... Uma vez por semana, no máximo duas, vou ao 3p4, Mokaï... Meu trabalho à noite tem menos a ver com a administração. É muito mais a criação, no sentido de ajudar a conceituar as casas, criar os uniformes, etc...
RG: O desafio de hoje é mais intenso do que o do começo da sua carreira?
AS: Muito intenso, envolvente e profundo... Estou num momento especial, muito feliz... Como se tivesse saído de um espaço pequeno e apertado para um horizonte extremamente amplo.
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