TÓQUIO - De telefones celulares de madeira a descarga limitada; do pó de café reciclável a uniformes ecológicos de funcionários de bancos: no Japão, as grandes marcas disputam ideias para mostrar seu respeito ao meio ambiente - um argumento que vende.
Kao, fabricante de produtos higiênicos e de limpeza, inventou um produto que lava duas vezes e meia mais roupa que a versão anterior, em menos tempo, com um único enxágue. No papel, é só lucro: economia de água, de eletricidade, de uso de máquina e de matéria prima.
Na Coca-Cola Japão, a novidade são as garrafas de água mineral "i Lohas": com a mesma aparência dos modelos habituais, elas são 40% mais leves, porque são mais finas e menos consumidoras de recursos, porém mais resistentes.
"Existe um mercado para os produtos do cotidiano que permitem efetuar facilmente e sem se irritar ações benéficas para o meio ambiente", afirmou Shigenori Jimbo, chefe de redação da revista Nikkei Ecology.
No entanto, apesar de os bancos, como Mizuho, se dizerem ecológicos porque oferecem uniformes refrescantes a seus funcionários para não precisar ligar o ar-condicionado no máximo, não se pode afirmar que as empresas agem somente por oportunismo comercial, insistiu Jimbo.
Exemplos: os plásticos vegetais (Sony, NEC, etc.) recicláveis (Sharp), baterias de combustível domésticas (Hitachi, Sanyo, Panasonic etc.), telefones celulares solares ou em madeira (Sharp), ou ainda descargas de banheiro que soltam menos 5 litros de água contra 13 em média com a mesma eficácia (Toto).
A preocupação ecológica dos japoneses é amenizada por diversos subsídios públicos concedidos para as compras destes tipos de bens "ecologicamente corretos".
Fonte:AFP12/12/2009
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