Guia ajuda a comprar melhor e questiona a produção da indústria da moda que privilegia quantidade ao invés de qualidade.
A expressão “Ecochique”, mix de palavras que é sinônimo de algo ecologicamente correto e de estilo sofisticado, se tornou lugar-comum quando o assunto é moda e comportamento sustentável. Não foram poucos os livros, blogs e sites que, nos últimos tempos, se dispuseram a usar essa expressão para ditar o que se deve – ou não – consumir no campo fashion sem deixar de ser “verde”.
Pois é nessa seara que se inclui o recém-lançado livro “Eco Chic – O Guia da Moda Ética Para a Consumidora Consciente” (Ed. Larousse 224 páginas), mais um a discutir a relação da moda com a ecologia e a enterrar de vez a idéia de um produto ecologicamente correto se assemelha a algo mal acabado ou sem apelo comercial.
Escrito por Matilda Lee, uma jornalista inglesa que cobre moda e escreve para o “The Independent” e para a revista “The Ecologist”, a obra se divide em 10 capítulos, além da introdução, e começa propondo ao leitor: “olhe atrás da etiqueta”.
Esse é o ponto de partida, segundo a autora, para entender o caminho que uma roupa percorre até chegar ao seu armário, bem como uma forma de aprender a escolher marcas preocupadas em produzir respeitando os impactos ao meio-ambiente.
Esse é o ponto de partida, segundo a autora, para entender o caminho que uma roupa percorre até chegar ao seu armário, bem como uma forma de aprender a escolher marcas preocupadas em produzir respeitando os impactos ao meio-ambiente.
Uma das questões que aborda, por exemplo, fala do tipo de comércio proposto pelas fast-fashion, que trabalham com a linha de pensamento quantidade ao invés de qualidade. Essas lojas, as quais se proliferaram mundo afora nos últimos tempos, inclusive no Brasil, popularizam as tendências apresentadas por grifes e maisons nas semanas de moda a um preço muito mais acessível. Esse diferencial, no entanto, implica em colocar no mercado roupas de pouquíssima durabilidade que, apesar de mais baratas, em geral não duram até a próxima estação.
A publicação se aproveita da “onda orgânica” que atinge alguns países europeus como Inglaterra e França, bem como do assunto da preservação do planeta contra o aquecimento global (agora eternamente em pauta) para dar o seu recado através de pesquisas, entrevistas com profissionais das áreas de moda (como Stuart Rose, da marca Mark &Spencer, famosa internacionalmente) e exemplos positivos. Mais do que ficar no terreno apenas da discussão e do achismo superficial, dedica-se a ajudar o consumidor a entender seu papel no final da cadeia produtiva, escolhendo melhor a marca, o valor da peça e até o tecido que estará em alta nos próximos anos.
Eu li, adorei e über-recomendo!
Fábio Monnerat
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Fábio Monnerat
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