Certamente haverá vozes contrárias ao nosso posicionamento, o que é compreensível, porém, já está mais do que na hora de repensarmos o modelo de eventos do setor têxtil/ confecção e moda no Brasil. Fazemos aqui uma crítica construtiva, não ao conceito, mas a maneira pela qual os eventos estão sendo realizados. Tanto as semanas de moda quanto as feiras de negócios parecem estar desconectadas da realidade do mercado. A demanda existente no Brasil reforça o grande potencial de consumo interno do nosso País.
Mas também mostra claramente o quanto a forma de expor ou lançar as novidades para o mercado está equivocada. O principal objetivo de um evento comercial, seja desfile ou feira, é estreitar o relacionamento com o varejo, seja de pequeno, médio ou grande porte. Na primeira fila de importância de qualquer evento tem que estar “Sua Excelência”,
O Comprador! É ele quem faz movimentar o comércio, a indústria e as receitas dos promotores de eventos. Salvo algumas exceções, muitos destes organizadores de evento não sabem sequer identificar seu publico alvo. Por outro lado, a mídia dirigida ou de banca, atuante neste mercado, precisa ser tratada com mais consideração. Não com mimos e favores, mas com profissionalismo. São estes segmentos que fazem com que as coisas aconteçam em termos de negócios no curto, médio e longo prazo. Em busca de visibilidade midiática, muitos promotores apostam em fórmulas que não repercutem a real relevância de um setor tão importante para economia do País, e também para as empresas, estilistas, varejo e profissionais que dele dependem.
O que tem que ser feito é:
1) Mudar o foco e o formato para que tais eventos sejam capazes de atrair um público mais qualificado;
2) Utilizar os recursos disponibilizados pelas entidades e organismos governamentais para promover eventos que realmente divulguem os produtos e as marcas brasileiras.
Estes devem ser os principais compromissos daqueles que se propõem a divulgar o setor têxtil/confecção no Brasil. Caso contrario, correm o risco de cair no vazio.
Por: Maria José de Carvalho - Revista Textila
über-opinião: Concordo totalmente com a Maria José, tenho visto muito evento "show" o que não é ruim, mas sem foco comercial. Aqui em Nova Friburgo sempre existiu uma feira chamada FEVEST, já foi a mior feira de lingerie da América Latina, mas desde o ano passado ela não acontece, exatamente, porque perdeu a credibilidade dos seus expositores. Culpa de uma administração ruim, pouco competitiva e nada antenada aos novos tempos... Enfim, espero que o que aconteceu aqui em N. Friburgo não se repita em outros lugares.
Antenái-vos!
Fábio Monnerat
Nossa matéria perfeita é realmente o que acontece hoje....
ResponderExcluirFalta foco e respeito, adorei a matéria parabens.
A moda feita aqui no Brasil ainda é um enlatado mal feito das pesquisas desenvolvidas no exterior.
ResponderExcluirPercebe-se uma mistura mal acabada de tendências que, nem sempre são harmônicas, mas que algumas pessoas viajam para ter referência (também pode ser chamada de cópia que ninguém percebe a diferença), compram suas pecinhas nas Primarks e New Looks da vida e voltam para cá e constrôem uma embalagem "baratinha" e vendem em vitrines caras do Brasil.
Uma pena, pois falta muito para sermos respeitados de fato... mas lembro-me de uma frase: quem tem vergonha, não envergonha... adaptando: quem quer respeito, respeita.