Com 2super eventos de moda, Fashion Rio (que também tem a feira Rio-à-Porter) e o Fashion Business, a cidade do Rio de Janeiro abre a temporada brasileira de moda a todo vapor (e calor)... Ainda há muito pra acontecer ao longo da semana, mas já deu pra perceber que o inverno vem colorido e poderoso. Vejamos os primeiros nomes que já deram suas cartas para o inverno 2011.
Carlos Miele
A coleção mostrada foi feita para representar o lifestyle tropical e homenagear o Rio de Janeiro. Por isso Miele colocou na passarela roupas coloridas para as mulheres e bem esportivas para os rapazes. A ideia era também reforçar o estilo hi-lo com mistura de tecidos poderosos combinados a tecidos mais rústicos como o jeans, os algodões.
Carlos Miele tem apresentado no Rio algumas inovações de seu trabalho: o lançamento de moda masculina, uma nova linha esportiva; talvez todas essa ebulição esteja deixando a imagem da marca um pouco sem nitidez.
Tirando os vestidos de noite, a roupa desta marca (ou destas marcas), que tem um espaço muito claro e bem marcado em Nova York, precisam um pouco mais de concentração para serem identificadas.
Tirando os vestidos de noite, a roupa desta marca (ou destas marcas), que tem um espaço muito claro e bem marcado em Nova York, precisam um pouco mais de concentração para serem identificadas.
Patrícia Vieira
Patricia Vieira domina completamente o couro e a camurça, materiais que escolheu para seu trabalho e sua interpretação da moda. Ela faz com eles peças matelassadas, furadas, recortadas, misturadas a fios de lã, com brilho, sem brilho, bordadas; a tal ponto que senti falta de algumas peças mais simples, lisas, sem enfeites, como a moda também pede.
Novo e interessante o uso de pele de cabra (poderiam ter mais formas com esse material inusitado) assim como a estampa de onça em alto relevo. A modelagem proposta para o inverno é mais ajustada e curta; minissaias, paletós e vestidos com inspiração de anos 1960 também nas cores fortes como rosa e laranja.
Um inverno leve com peças usáveis ao serem misturadas a outras mais veranis que toda brasileira já tem em seu guarda-roupa.
Novo e interessante o uso de pele de cabra (poderiam ter mais formas com esse material inusitado) assim como a estampa de onça em alto relevo. A modelagem proposta para o inverno é mais ajustada e curta; minissaias, paletós e vestidos com inspiração de anos 1960 também nas cores fortes como rosa e laranja.
Um inverno leve com peças usáveis ao serem misturadas a outras mais veranis que toda brasileira já tem em seu guarda-roupa.
Victor Dzenk
Com uma longuíssima hora de atraso, Victor Dzenk acendeu seus limelights no (belíssimo e restaurado) prédio do Cine Odeon, no Cento do Rio de Janeiro. Em cartaz, seu inverno 2011, que (como não pode deixar de ser) é uma continuação da coleção apresentada no Minas Trend Preview.
Victor se adequou bem a esse formato de apresentações. Em Belo Horizonte, mostra uma versão pocket e mais tímida das suas ideias. E, quando chega ao Rio de Janeiro, monta mais um dos seus shows cheio de brilhos e efeitos especiais, sua marca registrada.
De olho na Las Vegas dos anos 1950, o estilista aposta as fichas na sua versão própria das showgirls de lá, sempre estampadísimas, literalmente, das cabeças aos pés. Os desenhos recobrem vestidos, caftãs, leggings e até os sapatos.
Ícones do tema dão assunto à estamparia digital - caça-níqueis, néons, joias, o coreógrafo Bob Mackie. Sem contar os animal prints, aos quais sua clientela fiel está mais do que acostumada.
De olho na Las Vegas dos anos 1950, o estilista aposta as fichas na sua versão própria das showgirls de lá, sempre estampadísimas, literalmente, das cabeças aos pés. Os desenhos recobrem vestidos, caftãs, leggings e até os sapatos.
Ícones do tema dão assunto à estamparia digital - caça-níqueis, néons, joias, o coreógrafo Bob Mackie. Sem contar os animal prints, aos quais sua clientela fiel está mais do que acostumada.
Já há algumas temporadas Victor Dzenk vem dando uma nova cara à sua marca, assumindo seu kitsch com um viés mais bacana e bem-humorado. Suas clientes/amigas invariavelmente amam, e assim se faz mais uma estação.
A Ellus 2nd Floor foi a responsável pelo pontapé inicial do Rio-À-Porter que pela primeira vez ganhou uma agenda de desfiles. Com uma passarela modesta e plateia composta mais por convidados da feira do que propriamente jornalistas, a grife mostrou pouco mais de 20 looks entre feminino e masculino na manhã desta segunda-feira (10) no Armazém 6 do Píer Mauá, Rio de Janeiro. Foi um desfile rápido, jovial e sem afetação.
Focada no jeans, a 2nd Floor apostou em uma coleção inverno 2011 acessível e adequada ao clima tropical brasileiro. Não teve show nem celebridades, muito menos a costumeira 'muvuca' que se instala nas primeiras filas. Tudo ocorreu tranquilamente, com muito frescor, inclusive do ar refrigerado que funcionou adequadamente (lembrando que na edição do ano passado, o calor nas salas de desfiles era insuportável).
Algumas tendências foram confirmadas: o xadrez continua vendável, assim como as maxibolsas, os óculos redondos com pinta retro mantém um pouco maiores que a versão verão. A aposta da marca foram as toucas peruanas que deve adornar as cabeças dos fashionistas mais aventureiros. A trilha sonora ficou por conta do pessoal da Rádio Ibiza, a propósito serão eles quem assinarão todos a escolha musical do Rio-À-Porter. Na caixas de som, folk moderninho, daquele tipo gostoso para se escutar a dois.
Ponto para a Ellus 2nd Floor que entendeu a dinâmica de uma feira de negócios e não se deixou levar pela vontade coletiva dos estilistas em fazer coleções impossíveis.
Fonte:Chic e Terra
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