Com a entrada do período sazonal, marcada pela início
da temporada primavera/verão, considerada mais lucrativa
comercialmente, a indústria têxtil/ de confecção se prepara para
melhorar suas vendas. Na avaliação dos empresários, a desoneração da
folha de pagamento, medida de estímulo implementada pelo governo
federal, só trará resultados no médio prazo, talvez, a partir do
primeiro semestre de 2013.
Varejo continua importando
No acumulado de janeiro a julho deste ano, a produção do segmento de vestuário caiu 12,04% e da indústria têxtil, 6,1%, em relação ao mesmo período de 2011. O varejo de produtos confeccionados, por sua vez, cresceu 1,79%. “Esse descompasso entre produção e varejo evidencia o quanto vem aumentando a participação das importações asiáticas no mercado brasileiro. Enquanto não tivermos um regime tributário competitivo, seria muito importante, neste momento, a adoção de salvaguardas para o vestuário, cujo pedido já protocolamos no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no dia 23 de agosto”, afirma o presidente da Abit.
De janeiro a agosto, as importações têxteis e de confecção somaram US$ 4,42 bilhões, um aumento de 9,3% em relação a igual período do ano passado. Levando em conta somente o vestuário, o incremento, segundo a Abit, foi de 32,5% nos primeiros oito meses de 2012, em comparação ao mesmo período de 2011, registrando US$ 1,46 bilhão. Por outro lado, as exportações apontaram queda de 9,8%, baixando a US$ 855 milhões. Com isso, o déficit acumulado na balança comercial do setor têxtil, de janeiro a agosto de 2012, é de US$ 3,57 bilhões (excluída a fibra de algodão).
Panorama setorial
De acordo com dados do IBGE, de janeiro a julho de 2012, a produção da indústria têxtil recuou 6,1%, e o segmento de vestuário teve queda de 12,04%. No entanto, a queda de julho foi bem menor que os meses anteriores, mostrando uma lenta recuperação pela sazonalidade.
abr/12 |
mai/12 |
jun/12 |
jul/12 |
-7,52 |
3,8 |
-3,57 |
-2,38 |
-11,78 |
-10,5 |
-14,1 |
-6,36 |
Nos primeiros sete meses do ano, o varejo teve um desempenho positivo
de 1,79% em volume de vendas e 5,56% em receita nominal. No comparativo
julho 2012 e julho 2011, o crescimento foi de 5,52% em volume de vendas
e 7,58% em receita nominal. Já no que se refere ao emprego, com uma
queda menor na produção, segundo o CAGED, o setor demitiu menos do que
contratou no mês de agosto e o saldo de empregos ficou em 1.679 contra
643 registrados no mesmo mês do ano passado. No entanto, o setor
têxtil/confecção contabiliza, no geral, a perda de 12.703 postos de
trabalho nos últimos 12 meses.
Fonte: Portal Textília.net
Edição: Marcia MarianoFonte: Ricardo Viveiros Oficina de Comunicação
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