A obra de Yves Klein "Saut Dans Le Vide", Salto no Vazio, influenciou o estilista Vitorino Campos para o desenvolvimento de seu verão 2017, o fotógrafo francês aparece pulando um muro, de braços abertos, em direção a calçada. O impulso que move os pés do chão para o desconhecido é uma ação lógica, mas sem expectativas traz um estado similar ao nirvana, livre de influências do mundo.
Esta zona neutra em sensações é uma realidade sem representação, o salto meta físico.
Klein utilizou as técnicas da fotografia como evidência de sua capacidade de realizar uma viagem lunar sem auxílio. Saut dans le vide foi publicada como parte de panfleto de Klein denunciando as expedições lunares da NASA como arrogantes e estúpidas. Esta "denúncia" aparece nas peças em materiais escolhidos por Vitorino como placas solares e metal.
A cartela de cor sugere tons azuis, terrosos, verde, rosa e preto em tecidos e texturas como couro, cetim duchese changeant, tweed pied de poule, alfaiataria, piquet de algodão, tricoline, tweed xadrez, veludo e o glitter. As formas são afastadas da silhueta, priorizando o conforto.
A entrega de um estado em movimento constante reflete a liberdade da criação e o ponto de vista do artista diante de sua obra. Esta reflexão mostra que a arte é reconhecida mesmo removendo o conteúdo esperado de sua forma, pinturas sem imagens, um livro sem palavras, uma composição musical sem composição de fato, restando apenas o meio de expressão artística, tal como ele deve ser.
Os acessórios acompanham a inspiração e repetem a parceria com a Chilli Beans nos óculos e estreia a primeira coleção da marca com a Melissa. Destaque para a Pupila, bolsa-lancheira térmica em uma versão de plástico nas cores preta, azul, branca e vermelha.
"Não há razão para que não se possa ir mais alto."
Alan Eustace
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