Jaden Smith na nova campanha feminina da Louis Vuitton
Designer ou músico, praia ou campo, casar ou comprar uma bicicleta: com um universo de possibilidades e uma rotina multitarefas, as gerações atuais não gostam de rótulos e preferem abraçar suas escolhas a ter que optar por ser isso ou aquilo.
Gênero e sexualidade estão na lista de conceitos questionados atualmente. Uma pesquisa do YouGov revelou que um a cada dois jovens entre 18 e 24 anos não se considera 100% homossexual ou heterossexual, pois acredita fluir entre ambos. O mesmo movimento ocorre na transição entre o feminino e o masculino: muitas pessoas se consideram com gênero neutro, chamado também de gender blur ou free gender, o que significa que a maneira de se expressar não se restringe a roupas, acessórios, cabelos e trejeitos de homem ou mulher. Trata-se de um passeio por todas as possibilidades.
Ps.: expressão e identidade de gênero são duas coisas diferentes. Uma mulher, por exemplo, pode se expressar com itens masculinos e não necessariamente se identificar como homem.
Na moda, a fluidez de gênero não é novidade para o vestuário feminino. Há décadas, a alfaiataria, as modelagens largas e cortes retos emprestam características do guarda-roupa deles para as mulheres, que se sentem um pouco mais à vontade para esse tipo de experimento. Mas nem sempre foi assim: moças vestindo calças, descendo do salto e usando terninhos já foram vistas com muito preconceito.
Já no lado masculino, ainda é um tabu “perturbar” as convenções sociais e arriscar elementos do vestuário feminino. Apesar do sucesso das produções glitterinadas do David Bowie e de alguns desfiles famosos apostando nas saias para os homens, a androginia ainda causa estranhamento em algumas pessoas, inclusive no mundo da moda.
Mas pelos desfiles recentes, isso está prestes a mudar! A tendência free gender está com tudo nas coleções de J.W. Anderson, Gucci e outros estilistas que visam quebrar estereótipos do menswear e trazer cores vivas e boas doses de criatividade para as roupas masculinas, que até pouco tempo atrás eram neutras e com poucos detalhes.
(Imagem: Blusão de renda da Astrid Andersen)
A mídia também está topando o desafio de quebrar divisões e promover a diversidade, e já é possível ver muitas celebridades falando sobre fluidez de gênero e outros conceitos que redefinem antigos pensamentos.
(Imagem: Kanye West usando kilt da Givenchy; Meryl Streep de terninho no Oscar 2015;Jaden Smith de vestido floral no Coachella)
Quem trabalha com o universo criativo precisa estar atento, tanto como pessoa quanto profissional, a essa tendência de comportamento. Afinal, se vestir já não é mais uma forma de cobrir o corpo, mas a expressão da personalidade e a forma de fazer parte de algo maior, seja de um movimento como o free gender ou simplesmente de um item fashion que identifica um gosto em comum entre as pessoas.
Fonte: antextil
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