Uma marca sem história e sem o peso de sua tradição não é uma marca
de luxo. Mas uma grife com história, mas sem um elemento contemporâneo
que mostre que pertence à nossa época, é uma grife parada no tempo. No
campo da moda, que se alimenta mais que qualquer outro de novidades,
isso é ainda mais verdadeiro. Algumas maisons sentiram na pele o
fracasso temporário porque não deram atenção a esse requisito. Mas
sempre há tempo de corrigir esse descompasso. E a situação é revertida
com a contratação de um novo talento que compreenda a história da marca
e faça uma projeção de como ela se apresentaria nos dias de hoje. Isso
aconteceu com a Gucci nos anos 1990 e a chegada de Tom Ford à direção
criativa saneou as contas da grife. E com a Balmain em 2006, quando,
depois de cerca de duas décadas de ostracismo, Christophe Decarnin foi
contratado.
Reprodução |
Marca que nasceu das mãos de Pierre Alexandre Claudius Balmain em
1945 e cuja característica principal era a arquitetura das roupas, com
destaque para um blazer – simples, porém extremamente bem acabado –, e até pouco tempo atrás reviveu pelo talento de Decarnin, o chic mais rock`n roll da história da moda. Decarnin provocou desejo – atire uma pedra quem nunca sonhou com as calças skinny
que mais parecem costuradas ao corpo da modelo ou com a jaqueta
militar com ombros marcados – e trouxe contemporaneidade a uma marca
conhecida por sua elegância singela.
Mas e por que falar da Balmain justamente agora, dois anos depois da icônica coleção de 2009, que trouxe as peças acima mencionadas e projetou Decarnin? Por que pensar na grife justamente agora que Decarnin a deixou e seu posto foi ocupado por Olivier Rousteing? Porque, para delírio das consumidoras brasileiras, a grife inaugura sua primeira boutique em solo nacional em fevereiro de 2012 no shopping Cidade Jardim. E, para compreender seu estilo hoje, vale conhecer melhor sua história.
Mas e por que falar da Balmain justamente agora, dois anos depois da icônica coleção de 2009, que trouxe as peças acima mencionadas e projetou Decarnin? Por que pensar na grife justamente agora que Decarnin a deixou e seu posto foi ocupado por Olivier Rousteing? Porque, para delírio das consumidoras brasileiras, a grife inaugura sua primeira boutique em solo nacional em fevereiro de 2012 no shopping Cidade Jardim. E, para compreender seu estilo hoje, vale conhecer melhor sua história.
Uma nova mulher
Fundada em 1945, assim que a Segunda Guerra Mundial acabara, a
Balmain bebeu da mesma fonte que a Dior e visitou um estilo elegante,
feito para mulheres cansadas das restrições do duro período do
conflito. Em grande parte graças à experiência adquirida por Pierre em
duas grandes maisons da época: a Molyneux e a Lelong. À
frente de sua grife, marcou um estilo. “Criava-se a imagem de uma
mulher ativa, petulante, bem cuidada, elegante e com um toque de
desenvoltura. Era o nascimento da ‘Jolie Madame’, que simbolizou
perfeitamente os anos 50”, diz o site da grife. Entenda-se
bordados, estolas e grandiosos vestidos. Estilo esse que se imortalizou
no cinema, visto que Balmain criou o figurino de clássicos da telona
como E Deus criou a mulher, que projetou Brigitte Bardot e seu olhar cândido-sexy para o mundo.
Nos anos 1970, o prêt-à-porter fez a marca se expandir e
chegar a 200 licenciados. Quando Pierre Balmain morreu, em 1982, Erik
Mortensen, seu primeiro assistente desde 1951, assumiu a haute couture da grife até 1990. A direção criativa passaria então por várias mãos até 1993, quando Oscar de la Renta chegou à maison. Ele ficaria até 2002. Somente em 2006 Decarnin chegaria e a Balmain voltaria ao topo da lista dos desejos fashionistas.
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Loja de Balmain |
O que as brasileiras podem esperar da Balmain
brasileira é a coleção primavera/verão 2012: influências da montaria,
jaquetas inspiradas nas touradas, calças skinny, toques de dourado, muita cintura marcada e uma elegância não óbvia com espírito andrógino e sexy
nos detalhes, como um decote ou um bordado. Ah, sim, e poderão
acompanhar de perto o reinado de Olivier Rousteing e tirar suas
próprias conclusões sobre o mais novo sucessor de Pierre Alexandre
Claudius Balmain.
Fonte:FAAP
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