O estado do Rio de Janeiro será o primeiro a pagar a Bolsa Verde no
país. A iniciativa tem o objetivo de desenvolver um mercado de ativos
ambientais para promover a economia sustentável. A Bolsa Verde, que
entra em operação em abril de 2012, será o primeiro mercado de carbono
brasileiro, em que as indústrias do Rio poderão negociar energia
renovável ou biomassa, além da recuperação de áreas florestais e
tratamento de resíduos. A expectativa é que no futuro outros estados
também possam participar das transações na bolsa fluminense.
O acordo de cooperação foi assinado esta semana entre a Secretaria do
Ambiente do Estado do Rio, a Secretaria de Fazenda do Município do Rio e
a Bolsa Verde Rio (BVRio), uma associação sem fins lucrativos.
A Bolsa Verde
vai pagar R$ 300 por trimestre a famílias em situação de extrema
pobreza que vivam em unidades de conservação e desenvolvam ações para
preservá-las. O objetivo é aliar a preservação ambiental à melhoria das
condições de vida e a elevação da renda.
Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o Rio de
Janeiro está dando um passo importante em relação a outros estados,
colocando em prática o projeto que fomenta a economia ambiental, além de
incentivar uma postura positiva dos produtores de poluentes. “Na
verdade você introduz um elemento de mercado que valoriza as empresas
que conseguem cumprir além de suas metas de redução de poluentes ou de
reflorestamento”, destacou.
Para a secretária municipal de Fazenda do Rio, Eduarda La Rocque, é
difícil estimar inicialmente quanto essa economia verde pode movimentar,
mas acredita que será algo significativo na economia do estado. Ela
disse que serão criados grupos de trabalho para atuar na regulação e
acompanhar a legislação tributária do mercado financeiro.
“É um esforço de coordenação para que o estado vire referência no tema.
Então a economia do Rio vai sair na frente mostrando como a gente pode
articular instrumentos financeiros e o estado com o seu papel regulador,
definindo multas, impostos, permissões e de que forma a gente vai
regular esse mercado financeiro.”
Fonte: Ciclovivo
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