quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Montblanc patrocina exposição inédita Surrealismo no Egito, em Paris

Georges Henein
Surrealist Portrait of Gulperie Efflatoun, 1945
Gelatin silver print - 6,40 x 8,60 cm
Courtesy Arab Image Foundation, Beirut
 Ramsès Younane
Untitled,,1939
Oil on canvas- 47 x 36,50cm
photo : Haitham Shehab
Courtesy H. E. Sh. Hassan M. A. Al Thani collection, Doha
Rateb Seddik - Untitled, c. 1940 - Oil on wood- 120 x 220 cm
Courtesy Rateb Seddik Museum, Cairo

Repensando Perspectivas. Montblanc Apresenta A Exposição Surrealismo no Egito


Aberta no Centro Georges Pompidou em 20 de Outubro, Arte e Liberdade: Ruptura, Guerra e Surrealismo no Egito (1938 – 1948) é a primeira exposição em museu do grupo Arte e Liberdade, um coletiva de escritores e artistas surrealistas que vivem e trabalham no Cairo. Patrocinada pela Montblanc, a exposição enfoca as contribuições para o surrealismo, até então desconhecidas, do grupo Arte e Liberdade, fundado em 1938 no Cairo, após a publicação do manifesto Viva a Arte Degenerada. Durante a II Guerra Mundial, o Surrealismo ganhou força entre muitos artistas no mundo como um movimento revolucionário inspirado na liberdade de ideologias políticas. Através da sua nova definição de Surrealismo, o grupo Arte e Liberdade buscou alcançar uma linguagem literária e pictórica contemporânea, com raízes nas preocupações políticas e artísticas locais, refletindo o seu desafio ante regimes autoritários, nacionalistas e colonialistas. 

“Isto tudo aconteceu no auge da II Guerra Mundial no Cairo, que, ao contrário do que seria de esperar, foi um refúgio para muitos exilados e refugiados politicos que fugiam das garras das forças políticas que foram tomando conta de muitos países da Europa”, explica o curador e co-chairman da Fundação, Till Fellrath. “Isto torna a exposição extremamente oportuna dada a crescente polarização do mundo em que vivemos, e o discurso muitas vezes reducionista e simplista em torno das questões políticas e humanitárias atuais”. 

Após a publicação do Manifesto de André Breton em 1924, o Surrealismo provou ser tanto uma expressão artística irrestrita como uma plataforma para o ativismo politico. As crenças do movimento no poder criativo do subconsciente proporcionaram, a umageração de artistas desiludidos com a capacidade de imaginar um mundo novo, amplas possibilidades expressivas que existiam além dos limites do Racionalismo. O Surrealismo, portanto, lançou as bases de diversos movimentos artísticos tornando-se, de longe, um dos mais revolucionários do século 20. 

“Surrealismo é um movimento com um modo diferente de pensar literatura, arte e design”, diz Jerôme Lambert, CEO da Montblanc. “Ao patrocinar esta exposição, que introduz as realizações dos surrealistas egípcios em um nível internacional de arte, Montblanc reitera seu compromisso em apoiar os projetos artísticos e culturais que estimulam reflexões e convidam as pessoas a experimentar novas ideias. O trabalho do grupo Arte e Liberdade não perdeu nada da sua relevância atual, convidando os visitantes a repensar o mundo ao redor a partir de uma nova perspectiva. Todo o trabalho continua sendo uma poderosa fonte de inspiração”. 


“Antes de se tornar um movimento visual, o Surrealismo estava inicialmente preocupado em quebrar as convenções tradicionais da expressão literária, usando o poder das palavras para instigar uma revolução cultural contra o conservadorismo burguês. É onde o compromisso da Montblanc com a inovação através da arte da escrita encontra eco natural com os princípios do Surrealismo, fazendo desta exposição uma evolução natural das atividades da Fundação ”, completa o curador Sam Bardaouil, co-chairman da Fundação Cultural Montblanc. 

Baseada em cinco anos de pesquisas de campo em todo o mundo e uma extensa preparação de Sam Bardaouil e Till Fellrath, curadores da exposição e co-chairmen da Fundação Cultural Montblanc, a exposição reúne 130 pinturas, trabalhos em papel e fotografias do final de 1920 até o início de 1950, além de um extenso arquivo com mais de 150 documentos, fotos históricas, videos e os primeiros manuscritos, nunca exibidos antes, e que irão ajudar a guiar a visita através das circunstâncias políticas, históricas e artísticas nas quais esses artistas trabalharam. 

Ao reunir pela primeira vez obras de arte e documentos de mais de 50 coleções públicas e privadas de todo o mundo, esta exposição histórica pinta uma imagem viva do movimento surrealista no Egito e conta a história do internacionalismo que caracterizou o Cairo, e o grupo Arte e Liberdade que desempenhou um papel fundamental dentro de uma rede cultural fluida que ligava diversas cidades, de Toquio a Beirute, Paris e Santiago do Chile, para citar algumas. 

Arte e Liberdade: Ruptura, Guerra e Surrealismo no Egito (1938 – 1948) inicia uma turnê internacional em Outubro de 2016. Após o Centro Georges Pompidou em Paris, a exposição continuará pelas galerias Rainha Sofia em Madrid, Kunstsammlung K21 em Düsseldorf, e Tate Liverpool durante 2017 e 2018.


Sobre os Curadores

Sam Bardaouil e Till Fellrath são acadêmicos e curadores independentes, e cofundadores da Art Reoriented, uma plataforma de curadoria multidisciplinar baseada em Munique e Nova York. Na última década, eles fizeram a curadoria de várias exposições aclamadas pela crítica em museus e instituições mundiais. Sua curadoria tem sido marcada por projetos com uma rigorosa abordagem intertemporal, transcultural e multidisciplinar. O trabalho da dupla tem raízes em estudos modernistas e em práticas artísticas globais e contemporâneas. Algumas de suas recentes exposições incluem Staging film: The relation of image and space in video art no Busan Museum of Art (2016), When process becomes from: Dansaekwha and Korean abstraction na Villa Empain em Bruxelas ( 2016), I Spy With My Little Eye: uma nova geração de artistas de Beirute no Mosaic Rooms de Londres e Casa Árabe em Madri e Córboda (2015), Mona Hatoum: Turbulence at Mathaf, Museu Árebe de Arte Moderna em Doha (2014), Songs of Loss and Songs of Love no Museu de Arte de Gwangjiu (2014), Paul Guiragossian: The Human Condition no Beirut Exhibition Center em Beirute (2013), e a exposição inaugural de arte contemporânea de Mathaf: Told Untold Retold (2010). A aclamada exposição internacional Tea with Nefertiti: The Making of the Artwork by the Artist, the Museum and the Public apresentada no Mathaf de Doha, o Instituto do Mundo Árabe, em Paris. IVAM em Valência, o Museu Estadual de Arte Egípcia em Munique ( 2012-2014). Para a 55ª Bienal de Veneza em2013, Bardaouil e Fellrath foram curadores do Pavilhão Libanês, com a apresentação de Akram Zaatari: Letter to a refusing pilot. Em 2015/2016 eles fizeram parte do escritório de curadoria da 20ª Bienal de Sidney. Atualmente, eles preparam a primeira grande exposição sobre Surrealismo no Egito sob o título: Arte e Liberade: Ruptura, Guerra e Surrealismo no Egito (1938-1948), que abrirá no Centro Pompidou em Paris em Outubro de 2016, seguindo por Rainha Sofia em Madri em Fevereiro de 2017, Kunstsammlung K21 em Düsseldorf em Junho 2017, e a Tate Liverpool em Novembro de 2017.

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