terça-feira, 7 de julho de 2015

UM DOC SOBRE O REAL PREÇO DA INDÚSTRIA DA MODA



Esse documentário vai totalmente de encontro com o que falo aqui - Fabricado no Brasil - a indústria da moda pede socorro - há empresas nacionais que exploram mão de obra escrava, mas a grande maioria, pelo menos das que conheço, são sérias e tentam tratar bem seus funcionários. Mas o governo não ajuda e as taxas de impostos e a burocracia acabam fazendo com que as marcas nacionais não consigam ser competitivas e acabam produzindo nesses países com mão de obra escrava. O que não paramos para pensar é: estamos financiando a escravidão nesses países e ajudando a fechar muitos postos de trabalho por aqui. Quando falei isso um seguidor me disse: "Mas queremos pagar um preço justo". Eu entendo que os preços no Brasil são muito altos, eu também compro roupas desses países, fica difícil resistira tentação.

Mas a gente que é da área sabe que alguma coisa está errada, aqui a indústria da moda sofre por falta de apoio do Governo e nesses países pessoas estão sofrendo para nos atender nossos desejos de roupa nova toda semana. O preço justo não é o que as marcas brasileiras estão cobrando, mas podem ter certeza que também não é o que essas marcas cobram.

No vídeo abaixo, vamos pensar melhor sobre o que é o preço justo. Vejam um trecho do documentário que achei no "updateordie"- dica ótima para assistir no Netflix. 
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A indústria da moda continua evoluindo e acelerando. Aqui nos EUA, marcas como Zara, Uniqlo e H&M trocam de coleção várias vezes por mês (sim, isso mesmo). Para o consumidor, a comodidade de ter sempre algo novo a cada nova visita, e preços cada vez mais baratos em qualquer peça de roupa.

Mas o preço que se paga por tudo isso é bem maior do que aquele que aparece na etiqueta do produto.

The True Cost (O Preço Real) é um documentário dirigido por Andrew Morgan que chega ao Netflix essa semana e aborda justamente esse problema.

Em 2013 um incêndio em uma fábrica de roupas causado por falta de regulamentação no sistema, matou mais de 1000 pessoas em Bangladesh. Apesar de marcante, esse foi apenas um dos incidentes causados pela busca desenfreada de menores preços (e maiores lucros) por parte das grandes empresas de moda.

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