quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Balmain chega ao Brasil em 2012... Saiba mais sobre a marca

 

Uma marca sem história e sem o peso de sua tradição não é uma marca de luxo. Mas uma grife com história, mas sem um elemento contemporâneo que mostre que pertence à nossa época, é uma grife parada no tempo. No campo da moda, que se alimenta mais que qualquer outro de novidades, isso é ainda mais verdadeiro. Algumas maisons sentiram na pele o fracasso temporário porque não deram atenção a esse requisito. Mas sempre há tempo de corrigir esse descompasso. E a situação é revertida com a contratação de um novo talento que compreenda a história da marca e faça uma projeção de como ela se apresentaria nos dias de hoje. Isso aconteceu com a Gucci nos anos 1990 e a chegada de Tom Ford à direção criativa saneou as contas da grife. E com a Balmain em 2006, quando, depois de cerca de duas décadas de ostracismo, Christophe Decarnin foi contratado. 

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Marca que nasceu das mãos de Pierre Alexandre Claudius Balmain em 1945 e cuja característica principal era a arquitetura das roupas, com destaque para um blazer – simples, porém extremamente bem acabado –, e até pouco tempo atrás reviveu pelo talento de Decarnin, o chic mais rock`n roll da história da moda. Decarnin provocou desejo – atire uma pedra quem nunca sonhou com as calças skinny que mais parecem costuradas ao corpo da modelo ou com a jaqueta militar com ombros marcados – e trouxe contemporaneidade a uma marca conhecida por sua elegância singela.

Mas e por que falar da Balmain justamente agora, dois anos depois da icônica coleção de 2009, que trouxe as peças acima mencionadas e projetou Decarnin? Por que pensar na grife justamente agora que Decarnin a deixou e seu posto foi ocupado por Olivier Rousteing? Porque, para delírio das consumidoras brasileiras, a grife inaugura sua primeira boutique em solo nacional em fevereiro de 2012 no shopping Cidade Jardim. E, para compreender seu estilo hoje, vale conhecer melhor sua história.

Uma nova mulher

Fundada em 1945, assim que a Segunda Guerra Mundial acabara, a Balmain bebeu da mesma fonte que a Dior e visitou um estilo elegante, feito para mulheres cansadas das restrições do duro período do conflito. Em grande parte graças à experiência adquirida por Pierre em duas grandes maisons da época: a Molyneux e a Lelong. À frente de sua grife, marcou um estilo. “Criava-se a imagem de uma mulher ativa, petulante, bem cuidada, elegante e com um toque de desenvoltura. Era o nascimento da ‘Jolie Madame’, que simbolizou perfeitamente os anos 50”, diz o site da grife. Entenda-se bordados, estolas e grandiosos vestidos. Estilo esse que se imortalizou no cinema, visto que Balmain criou o figurino de clássicos da telona como E Deus criou a mulher, que projetou Brigitte Bardot e seu olhar cândido-sexy para o mundo.
Nos anos 1970, o prêt-à-porter fez a marca se expandir e chegar a 200 licenciados. Quando Pierre Balmain morreu, em 1982, Erik Mortensen, seu primeiro assistente desde 1951, assumiu a haute couture da grife até 1990. A direção criativa passaria então por várias mãos até 1993, quando Oscar de la Renta chegou à maison. Ele ficaria até 2002. Somente em 2006 Decarnin chegaria e a Balmain voltaria ao topo da lista dos desejos fashionistas

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Loja de Balmain

O que as brasileiras podem esperar da Balmain brasileira é a coleção primavera/verão 2012: influências da montaria, jaquetas inspiradas nas touradas, calças skinny, toques de dourado, muita cintura marcada e uma elegância não óbvia com espírito andrógino e sexy nos detalhes, como um decote ou um bordado. Ah, sim, e poderão acompanhar de perto o reinado de Olivier Rousteing e tirar suas próprias conclusões sobre o mais novo sucessor de Pierre Alexandre Claudius Balmain.

Fonte:FAAP

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