terça-feira, 16 de agosto de 2011

Über-diva: Madonna faz 53 anos e continua absoluta na cultura Pop



Goste você ou não, Madonna está no topo do cenário Pop desde a década de 80 - coisa rara em tempos efêmeros - e o topo para ela não se limita ao musical, Madonna é moda, comportamento, polêmica, paixão, ódio... Enfim a Diva Pop completa 53 anos e continua absoluta em todos esses sentidos. 

Para comemorar essa data tão especial de uma mulher verdadeiramente Über, convidei o Danilo Sebadinni que ama Madonna e moda para fazer uma matéria mostrando o poder que essa mulher tem como lançadora de tendências... Bem, melhor ficar com a matéria do Danilo e curtir essa viagem no tempo.

Fábio Monnerat



Fui convidado para falar sobre o flerte da Rainha do POP com a moda, em comemoração dos 53 da diva. Flerte este que não está limitado ao icônico (e cônico) sutiã de Jean Paul Gaultier que foi usado na turnê “Blond Ambition”, e diversas vezes copiado. Até hoje, inclusive.

Lembram-se das meninas usando aqueles colares, crucifixos no peito e nas orelhas de cabelos desgrenhados nos anos 80? Então, Madonna que fez primeiro...

 
E quando as moças encurtaram bastante os cabelos platinaram e mantiveram as sobrancelhas escuras? Madonna. Também nesta época, flertou com alguns latin lovers e seus estilos, com muitas batas, saias longas esvoaçantes... E sempre ditando moda!

 
Cabelos escuros, vestido justo, cruzes pegando fogo, beijo no santo... Polêmica. Mas todas queriam ser como ela, e o mais perto que podiam chegar, era usando o que ela usava...


Trouxe Vogue, hino de muitos fashionistas. Nem preciso falar muito, certo?


E aquela vez que Madonna foi ao Sex Shop,  comprou espartilhos, peças em couro, alguns itens da alfaiataria masculina. Aproveitou e passou um gel nos cabelos, colocou um dente de ouro e foi mostrar que mulher também falava de sexo, sem pudores. Sem nenhum pudor, aliás. Chamou alguns amigos e amigas, e fotografaram com Steven Meisel o livro SEX. Sucesso. Teve tiragem limitada, e nunca relançada. Mais uma vez, Madonna foi aclamada... 

 
Agora, com amigos como Dolce & Gabbana criando seus modelitos exclusivos, Madonna esbanja de uma boa forma absurda, que lhe proporciona shorts curtos, tops, meia-arrastão e PLATAFORMA. Sim, a plataforma nos anos 90 foi algo mostrado por Madonna. Ela quem usou no seu “Girlie Show”. 

 
Xiiii, Madonna falou demais. Precisava se desvencilhar da imagem “dominatrix” que Erotica/SEX haviam lhe proporcionado. Tudo bem, ela conseguiu... Foi lá, mandou fazer um cabelo de mulher rica, colocou um PIERCING (fake) no nariz, e cantou “Human Nature” em alto e bom som, no vídeo muito vinil e salto agulha. Na capa de “Bedtime Stories”, trouxe os piercings + platinado + cabelo de mulher rica + batom vermelho. Sucesso.
 
Em 98, Madonna-Mãe. Um cabelo comprido, mais escuro (copiado tanto quanto o da Gisele hoje em dia), figurino e pele mais clean. Mais mãe... Lola nasceu, e trouxe com ela uma nova Madonna, que não queria ser lembrada por ser materialista, nem sex simbol. Queria ser mãe. Fase chatinha da Rainha, mas valeu. Sim, ela foi inspiração para muita gente, seja no estilo de vida, ou simplesmente (mas não menos importante) no estilo.

 
Ano 2000, Madonna-Music! O mais autêntico estilo P.I.M.P, com direito a chapéu, limusine, champanhe, e calça boca de sino. – Não colou. Como se diz hoje, #EpicFail! Mas calma, nem tudo está perdido, Madonna é referência e não poderia deixar isso acontecer. Lá vem ela com seu estilo cowgirl, em “Don’t Tell Me”. Jaqueta de couro justa, com jeans flare, chapéu e botas. Não precisou de mais NADA pra ser sensação. A Levi’s até fez uma edição especial de sua clássica jaqueta jeans, com o nome da Rainha na etiqueta interna... Era Madonna mostrando que não era pouca coisa.


Na turnê “Drowned World Tour”, Madonna vem feia. Traz elementos orientais, e um certo exagero de botox, e uma grande dose de mal gosto do então responsável pelo figurino da tour, Jean Paul Gaultier... Desastre. NEXT!


Guerra do Iraque – Madonna estava nervosa. Muito tye-die, camuflagem, boinas, coturnos. “American Life” era um grito, uma crítica. Antes aclamada, agora rejeitada. O estilo foi um sucesso, todas e todos usaram a estampa militar, coturnos e as boinas nesta época, mas sem ouvir o disco. Na Europa, tudo fez sucesso. Aqui, não.
 
Ainda em 2003, Madge caminhou por uma estrada de pétalas com um vestido que até hoje ninguém sabe de quem é, mas sempre quiseram saber. Até hoje, pois eu vou contar: Stella McCartney, Spring/Summer 2003. Aliás, a amizade das duas é algo que permanece até hoje.

 
Entre um ensaio e outro, Madonna era frequentemente fotografada com um boné na cabeça da marca Von Dutch, que logo virou febre. Todos queriam o Von Dutch branco da Madonna!



Em sua turnê “Re-Invention”, veio luxuosa de Jean Paul Gaultier, Givenchy, Rodarte... Linda. Quiçá a tour mais classuda de todas.

 
Agora minha parte favorita: CONFESSIONS ON A DANCE FLOOR! Nossa Rainha volta de um disco triste, e se joga na balada. Chama D&G para desenhar seu figurino, eles fazem um collant cor de rosa, scarpin de glitter, e bolero... Ah, e o item principal e mais copiado: O CABELO. Ah como este cabelo foi copiado... Uma coisa meio 70’s, com uma forte referência de Charile Angel’s (Seriado). Madonna trouxe também as mini-jaquets, o cinto de paetê e o jeans justo por dentro da bota (que ninguém soube imitar direito até hoje). Foi sucesso total, agradando a todas as meninas, de todas as idades. 


Ainda nesta época, foi o rosto e designer da fast-fashion H&M, com quem produziu modelos que sumiram das araras em pasmem, duas semanas.


“The Confessions Tour” foi linda, trazendo fielmente o que havia sido mostrado nos vídeos do álbum. Mini jaquets, cintos de paetê, botas, calças de veludo... Opa, calça de veludo? É, Madonna fez as calças de veludo serem solicitadas nas lojas da alta sociedade. Dolce & Gabbana fizeram, e foi sucesso.

 
Nesta época, Madonna era algo como vitrine ambulante da grife Ed Hardy, até então desconhecida. Comandada pelo designer Christian Audigier, a loja da grife ficou cheia depois que Madonna (e outros posteriormente) desfilou com suas peças...


Madonna entra no mundo dos rappers, o ano é 2008. “Hard Candy” foi lançado, e Madonna posou de boxeadora para a Interview. As high boots Chanel sumiram das lojas em dias... Assim como as luvas de boxe da Maison, que foram de edição limitadíssima. 

 
O vídeo “4 Minutes”, com participação de Justin Timberlake, trouxe Madonna com os cabelos frisados, rosto triangular. Cara de rica. O cabelo foi copiado por anônimas e famosas, assim como o rosto que foi assunto de capa da revista “New York”. Lotou lojas e clínicas de estética.

 
Madonna estava em sua melhor forma, fez capas da Vanity Fair, Elle, Vogue... Tudo ao mesmo tempo, em vários países. A maturidade fez com que escolhesse designers renomados para acompanhá-la nesta fase. Chamou D&G, McQueen, McCartney... Fez campanhas para a Louis Vuitton, sob direção de Marc Jacobs, arrasou. Até aquelas high boots + vestido curto + ORELHAS no baile do MET de 2010. Até hoje eu não sei onde ela estava com a cabeça, juro.



 
Mas tudo bem, Madonna sai em turnê “Sticky & Sweet Tour”, que conta com o cabelo copiado por anônimas e famosas, mais um mix de Givenchy, Prada, Chanel e correu pelo mundo afora esbanjando um corpão. Passou pelo Brasil, e arrasou.

 
Longe dos estúdios e dos palcos, Madonna se juntou com a dupla queridinha D&G, e lançou a linha de óculos MD&G. Com cinco modelos, que fizeram a cabeça apenas de fãs, não teve sucesso comercial.

 
Ainda assim, Madonna fez duas campanhas com a dupla. Lindíssima... Onde encarnava uma legítima “nonna” italiana.


Em 2010, Madonna e sua filha, Lola são responsáveis pela linha de roupas “Material Girl”, em parceria com a Macy’s. Um sucesso, que permanece até hoje... 

 
Agora, que tendência podemos esperar da Rainha do POP?
 
Danilo Sebadinni 

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