sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Negócios da moda devem gerar R$ 136 bi em 2011

  


A indústria têxtil e de confecção do país devem se preparar para atender a demanda nacional por produtos de moda. De acordo com as estimativas do Pyxis, ferramenta de potencial de mercado do Ibope Inteligência, o varejo de moda deverá movimentar este ano aproximadamente R$ 136 bilhões. De acordo com o estudo, o segmento de vestuário feminino, masculino e infantil movimentará em 2011 cerca de R$ 95 bilhões, representando um consumo per capita de R$ 492 ao ano. Já no segmento de calçados e acessórios (incluindo bolsas, malas e outros), o potencial de consumo projetado para o ano é de R$ 40,6 bilhões em todo o Brasil. O consumo per capita dessa categoria é estimado em R$ 210. Somadas, as duas categorias da moda movimentarão no ano R$ 135,6 milhões, representando um gasto de R$ 702 por pessoa. Anualmente, o Pyxis gera estimativas de potencial de consumo para o varejo em 50 diferentes grupos de produtos e acessórios.

Consumo por classe

A classe B deverá ser responsável pela maior parcela deste consumo: R$ 56,3 bilhões (42% do consumo total de moda). De acordo com o Critério Brasil, este segmento da população representa atualmente 24% das famílias que residem na área urbana e apresentam renda média familiar aproximada entre R$ 3.000 e R$ 12.000. Embora a classe C tenha chegado muito próximo da B em volume de consumo, ainda não conseguiu superá-la, devendo representar aproximadamente 39% do potencial total do consumo de moda este ano (R$ 52,3 bilhões). A classe C brasileira hoje corresponde a 50% das famílias que residem em área urbana e têm renda mensal aproximada entre R$ 700 e R$ 2.999.

Já a classe A, a mais cobiçada pelo varejo da moda, deverá gastar em 2011 R$ 18,1 bilhões com roupas, calçados e acessórios. È de se ressaltar, porém, que este grupo representa apenas 2,5% das famílias brasileiras (população urbana) e tem renda média mensal superior a R$ 12.000.

As classes D/E compõem o menor grupo de consumo para varejo de moda. O volume desta parcela neste ano de 2011 deverá ficar em torno de R$ 8,8 bilhões e, provavelmente, parte deste será absorvido pelo comércio informal. As classes D/E representam 24% das famílias residentes em áreas urbana e têm renda média mensal inferior a R$ 700.
 
Tabela 1
Classe
Número de domicílios em área urbana
% Domicílios
Potencial de consumo para varejo de moda - 2011
% Potencial de consumo
A
1.269.475
2,5
R$ 18,1
13,3
B
11.800.129
23,5
R$ 56,3
41,5
C
25.275.888
50,4
R$ 52,4
38,6
DE
11.853.982
23,6
R$ 8,8
6,5
Total
50.199.474
100,0
R$ 135,6
100,0
  
Potencial de consumo por região
Geograficamente, o maior do potencial de consumo estimado para o varejo de moda está concentrado na região Sudeste: 54% do volume total do mercado deverá ser comercializado nesta região. O Estado de São Paulo sozinho representa 31% do potencial total.  As regiões Sul e Nordeste dividem o segundo lugar, cada uma delas com aproximadamente 16% do mercado total. O que muda na comparação entre os dois mercados, no entanto, é o consumo per capita que é muito maior na região Sul.

Tabela 2


Classe
Potencial de Consumo para Varejo de Moda - 2011
% Potencial de Consumo
Consumo per Capita
Norte
R$ 7,7 bilhões
5,6 %
           R$ 472
Nordeste
R$ 21,7 bilhões
16,0 %
           R$ 404
Sudeste
R$ 73,0 bilhões
53,9 %
           R$ 899
Sul
R$ 22,1 bilhões
16,3 %
           R$ 799
Centro oeste
R$ 11,1 bilhões
8,2 %
           R$ 775
Total
R$ 135,6 bilhões
100,0 %
           R$ 702


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