sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A volta de Paco Rabanne


Ele previu o “Pacolypse”, em 1999, e nunca mais foi levado a sério. Paco Rabanne “profetizou” que a estação espacial russa Mir despencaria sobre Paris, mas, sejamos justos, vale mais se lembrar dele por sua enorme contribuição à moda do que pelos devaneios apocalípticos. A linha de prêt-à-porter foi desativada em 2006, depois de um revival frustrado com o estilista Patrick Robinson (que depois migraria para a GAP) e coube aos perfumes a tarefa de manter ativo o nome de Rabanne, hoje com 76 anos. Pois a grife está sendo reativada, sob a consultoria do próprio, e o efeito fênix passa pelo relançamento de uma bolsa de 1969.

A peça, feita de malha de metal, não deve ter sido escolhida à toa. Paco Rabanne ganhou fama com suas criações em que abusava, justamente, dos metalizados. Quem não se lembra do vestido de moedas lançado nos anos 60 ou do figurino futurista de Barbarella, interpretada no cinema por Jane Fonda? Coco Chanel o chamava de “metalúrgico da moda”. Na versão 2010 da bolsa, os materiais mudaram. Entram a arraia, o couro e o chamois, enobrecendo a peça, que custa entre US$ 1,400 e US$ 2,200. Apresentada pela primeira vez durante a última temporada de Paris, será posta à venda em exclusividade na Dover Street Market, em Londres, durante o mês de Janeiro, seguindo depois para distribuição em outros seletos pontos-de-venda. A escolha da DSM para o lançamento tem a ver com o fato de Rei Kawakubo – diretora artística da loja – ter assinado três reinterpretações da bolsa de Rabanne. Versões estas que só poderão ser compradas em nove boutiques da Comme des Garçons pelo mundo.

Os planos de relançamento da marca são ambiciosos e prevêem o retorno também da linha de vestuário. Pelo visto o futuro de Paco Rabanne, desta vez, não tem nada de apocalíptico.

Fonte:VogueBrasil

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