quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Gente fina é outra coisa!


Há quem diga que "dinheiro chama dinheiro", achando que é verdade, em tempos de crise o mercado de luxo continua firme e forte. E, a Avon, que não é boba, continua investindo pesado no setor, lançando produtos com a assinatura de estilistas de peso como Christian Lacroix e Emanuel Ungaro. Gente fina é outra coisa!

A Avon Brasil realizou esta semana um brunch no Jockey Club de São Paulo para apresentar os lançamentos voltados para o luxo, como a fragrância feminina Christian Lacroix Absynthe e o Ultra Color Rich Batom Ouro, maquiagem produzida com ouro 24k na fórmula. O perfume estará disponível no mercado a partir de março, enquanto o batom chega às prateleiras em abril.

Christian Lacroix Absynthe é da família olfativa oriental verde e mistura extrato de absinto, frésia, orquídea branca, musk e âmbar na sua composição. E tem mais bebida neste perfume. O vidro é verde chartreuse, um tom que tem 50% de amarelo e 50% de verde, cujo nome vem do licor Chartreuse. Segundo Helena Gracia, gerente de perfumaria da Avon Brasil, é uma cor que o estilista francês aposta como tendência - e é esse o verde da roupa que Michelle Obama usou na posse do marido, lembra?

Decretada a falência da Zoomp


Calma! calma! calma! A falência da ZOOMP não tem nada haver com a crise mundial! Ainda não sabemos bem o que foi, mas esse papo já vem desde o ano passado quando a grife cancelou sua participação na SPFW... Mas isso daria uma novela e não estamos aqui para escrevê-la.


O MAIS TRISTE É VER A FALÊNCIA DE UMA DAS MARCAS MAIS IMPORTANTES E CELEBRADAS DA MODA BRASILEIRA.




Decretada a falência da Zoomp
10.02.2009
Está no Diário oficial, no site do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o decreto de falência da Zoomp. A grife que já vinha enfrentando problemas desde março do ano passado após ser vendida para o grupo I´M (Identidade Moda), teve a fábrica em Barueri lacrada ontem (09.02). Entretanto, alguns funcionários da marca - dois da loja da rua Oscar Freire, nos Jardins, e um da unidade do shopping Morumbi - disseram não saber o que está acontecendo e reforçaram que está tudo normal. Um deles até sugeriu que a reportagem ligasse para a central - em Barueri - porque haveria, sim, equipe trabalhando. O telefonema do Chic não foi atendido. A assessoria de imprensa indicada pelos funcionários como a da marca declarou não ter mais ligação com eles.Enquanto isso, Renato Kherlakian, que criou a Zoomp nos anos 1970 - e foi afastado dos negócios há um ano - disse que não tem nada a declarar. "Não tenho palavras, nem condições psicológicas para comentar (a falência)". Renato está atualmente envolvido com uma nova marca, a RK. O lançamento aconteceu em janeiro, apenas para clientes, num showroom montado nos Jardins. "O resultado foi surpreendente. Já tenho confirmadas 130 vitrines no país todo", contou. "E ainda não fechei as vendas". A previsão é que as peças cheguem ao público a partir da segunda quinzena de março.


Maíra Goldschmidt

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Crise mundial: ameaça ou oportunidade para o mundo da moda?


A crise mundial mais famosa e menos fashion, já mostra seus efeitos nos negócios de moda aqui no Brasil, Isso é um efeito-dominó, não sejamos ingênuos... O estilista Francisco Costa, da Calvin Klein disse, em entrevista à Folha de São Paulo, que notou que as lojas têm estado vazias em Nova Iorque há um mês. Afirmou ainda que, tanto a Saks quanto a Bergdorf Goodman, apresentaram uma queda de 43 % em suas vendas.

E não precisa ser nenhum expert em economia pra notar que as vendas despencaram por aqui também, lojas já começam a fechar as portas, eventos de moda diminuíram drasticamente neste ano e todos os segmentos midiáticos, onde diversos profissionais da moda atuam, estão com suas verbas estouradas ou redimensionadas (pra menos), liquidações começando mais cedo - e isso não é crise?

Sem querer apavorar ou mesmo desanimar os empresário, reproduzo aqui parte da pesquisa realizada pelo portal "Use Fashion", que entrevistou mais de 700 pessoas do setor para saber como a crise mundial está afetando o mundo da moda no nosso país:

"Ciente da importância da atual conjuntura, a UseFashion, referência nacional no que diz respeito a informação estratégica de moda, ouviu profissionais do setor em uma pesquisa inédita no país. Vale lembrar que a crise financeira global, iniciada nos Estados Unidos, pauta as principais capas de revistas e telejornais, mas seus efeitos no mercado de bens não-duráveis, que inclui a moda, ainda não estão claros.

Entre 28 de outubro e 4 de novembro, 748 usuários do usefashion.com de todo o Brasil responderam a 11 perguntas e apresentaram suas visões de oportunidades e desafios para o biênio 2009/2010, traçando uma radiografia do panorama nacional.

A amostra foi composta por 318 fabricantes de produtos prontos, 172 prestadores de serviço, 171 varejistas, 61 estudantes, 15 indústrias de matéria prima e de maquinário e 11 indústrias de componentes. Cerca de 60% trabalham com vestuário feminino, 34% com vestuário masculino, 23% com vestuário infantil. Além disso, 34% indicaram atuação em acessórios, 20% em jeans, 25% em bolsas e 26% em calçados (foi possível marcar mais de uma alternativa, por isso a soma das porcentagens ultrapassa 100%).

Quase metade dos entrevistados concluiu que a crise já impactou negativamente seu negócio (368 respostas). Em grande parte, isso acontece devido à redução na oferta de crédito, segundo 38% da amostra. A perspectiva para o futuro, contudo, é promissora.

Enquanto que 345 respondentes ressaltaram que a projeção para os próximos dois anos não foi alterada, 121 afirmaram que o cenário pós-crise é melhor que o que tinham antes. Apenas 282 pessoas, 38% da amostra, consideraram que a crise piorou o cenário para seus negócios em 2009/2010.

Oportunidades e ameaças

O setor de moda está se voltando para o mercado interno. Dos respondentes, 53% consideram que as melhores oportunidades para os negócios de moda estão no Brasil, e 33% destes acreditam que é justamente no Brasil que estarão os principais concorrentes. Por ordem de mercados a serem explorados, também aparecem Europa (20%), Ásia (13%), América Latina (7%) e a combalida América do Norte com (3%).

Além do Brasil, os concorrentes tendem a vir da China (68%), Índia (18%), Estados Unidos (6%), Vietnã e Itália (5%), entre outros (novamente, a soma pode ultrapassar 100%). Entre os países menos mencionados estão Tailândia e Bangladesh, lembrados pelas empresas de matéria prima/maquinário.

Informação estratégica de moda

Em tempos de incertezas, os 748 respondentes da pesquisa consideraram que os sistemas de informação de tendências de moda são relevantes ou muito relevantes (18% e 58%, respectivamente). Apenas 13 respondentes afirmaram que essas fontes de pesquisa são irrelevantes.

Moda no Brasil

Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria brasileira de moda emprega mais de 1,65 milhões de pessoas - respondendo por 45% dos empregos da indústria do país. Além disso, a área contribui com 13,5% do PIB Industrial Brasileiro.

Caminho: Grau Zero

Como já anunciava a Megatendência Austeridade, para o Inverno 2009, o quadro de incertezas globais se consolida de vez na nova Megatendência Grau Zero, em que o interesse é traduzir a situação por meio dos hábitos de consumo. Mas de que maneira a moda vai reagir esteticamente a estas conjunturas adversas? Que cores, materiais e modelagens melhor representarão o momento atraindo o olhar do consumidor?

Segundo nossa equipe de pesquisa, as respostas estão sendo desenhadas há muito tempo com o estilo de roupas sóbrias e técnicas restritivas, se configurando, em alguns casos, na obtenção de máxima expressão com mínimos recursos. Outro valor ascendente, conforme a Megatendência, aponta que entre consumidores de maior poder aquisitivo e escolaridade, cresce a preferência pela não ostentação.

A percepção de valor dos objetos se estende à capacidade que têm de se articular com a cultura, design, arte, meio ambiente, entre outros. Com isso, a primeira frente afetada pode ser associada à ética, implicando em reflexões sobre consumo consciente, desperdício e acessibilidade mais democrática à moda."

Diante de todas essas incertezas, o que parece claro, é que a relação dos consumidores com a moda está mudando, mas isso pode não ser de tudo ruim e, apenas, apontar que é a hora da moda se reinventar...

Reinvente-se e bons negócios!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Verão 2010: O CORPO EM EVIDÊNCIA



Parece cedo para falar no verão de 2010, mas, pra quem faz moda, já dá pra sentir um calorzinho no ar, nas passarelas internacionais muito do que será moda no mundo todo já começa a aparecer e influenciar, claro que tudo isso vai chegar ao Brasil e que nossos estilistas vão dar mais graça, cor e swing, afinal de contas, ninguém entende mais de verão que os brasileiros.


E por falar na tendência que vem de fora, tem uma que agrada em cheio às consumidoras brasileiras, vamos ter uma temporada em que o corpo vai estar em evidência (quem tiver ouvidos para escutar que ouça e comece a malhar desde já).


Em tempos de crise, leveza e pouco tecido vão construir modelos que vão abusar da sensualidade e deixar os corpos ainda mais evidentes.


Geometria bem ao estilo Calvin Klein.


Torções nos tecidos dão um charme especial para quem gosta do estilo Lanvin.


Assimetria deixa tudo mais irreverente e despretensioso, como sugeriu a Salvatore Ferragamo.


Drapping, aparece mais forte que nunca e apareceu na Givenchy.


A alfaiataria continua forte e aparece na coleção da Top Shop.


Saias de cintura alta fazem vão conquistar as mulheres poderosas e chiques, já previa a coleção da Prada.


Tops de todos os tipos, transparências e cores, tem tudo para conquistar as ruas, como vimos no desfile da Dries Van Noten.


Calças harém são chiques e dão um toque de glamour, vistas na Lanvin, mas não parecem combinar muito com o Life stile brasileiro.


Macacões continuam com tudo e aparecem (mega) decotados, os da Stella McCartney estão incríveis.


Tecidos amassados são muito bacanas e altamente práticos, a Burberry não perdeu tempo e fez vestidos ótimos e fáceis de usar.


Metalizados e paetês também estão com tudo, afinal, verão é tempo de brilhar e aparecer, a coleção do Marc Jacobs ficou linda e impactante.


Franjas e vazados são as apostas mais bacanas e irreverentes, destaque pra as coleções da Alberta Ferretti e da Akris.


Por fim, deixamos o poderoso Jeans, ele pode aparecer de todo jeito, estampados, rasgados misturados e por aí vai. As calças da Balmain estão lindas.


Na cartela de cores vemos um pouco de tudo, mas as cores que vão dominar esse verão são: o amarelo, laranja, vermelho, verde limão, azul caneta, azul turquesa, rosa, cool Gray, preto, branco alguns tons de bege, caquis, cobre, dourado e prata. Nas estampas a democracia de estilos continua, vamos ver as estilizadas, as étnicas, as psicodélicas, as multicoloridas, as náuticas, as de motivos marítimos e muitas outras que ainda serão inventadas.


Pode até parecer algo meio desorganizado e altamente complexo, mas sua grife não precisa aderir a todas as tendências, o legal é descobrir por que caminho você quer seguir e compreender que o verão é tempo de alegria, de sensualidade, de gente bonita e de gente que quer ser feliz.